Seminário: Fenômenos Anímicos e Seus Mecanismos

É com prazer que anunciamos a realização de mais um seminário deste Instituto. O livro-tema do primeiro seminário de 2011 é “Fenômenos Anímicos e Seus Mecanismos”, de autoria do grande e querido pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro.

Abaixo, o texto de apresentação:

“O estimado pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro não fica devendo nada aos grandes pesquisadores europeus, norte-americanos, asiáticos e/ou orientais. Este idealista e extraordinário defensor da pureza doutrinária do Espiritismo não deixou em nenhum momento enquanto encarnado que deturpassem a ciência e filosofia espírita realizando nos 40 anos de dedicação ao Espírito um imenso número de publicações em livros, ainda muitos no prelo, artigos em diversos periódicos no Brasil e no exterior, monografias, cursos, programas de rádio e TV. Além de todos os fenômenos pesquisados pelo mestre de Lyon Allan Kardec, os grandes investigadores metapsiquistas, magnetizadores, corifues espíritas antes dele como Odilon Negrão, pois, depois dele não há mais dignos defensores da doutrina apenas a resistência no Instituto de Cultura Espírita Carlos Bernardo Loureiro. Fora as centenas de pessoas que foram esclarecidas e ajudadas nas sessões de desobsessão e regeneração de células onde não como processo de cura, mas de aprendizado e nova oportunidade perante a Lei Natural, na vida de relação e na análise pragmática do modus operandi e modus vivendi. Com o trabalho de esclarecimento espírita kardecista, o trabalho deste mestre do Espírito Carlos Bernardo e dos amigos Espíritos, continuando o tratamento, o assistido deve avaliar melhor seus pensamentos e atitudes, afinal de contas somos criadores contumazes de problemas, precisamos da disciplina do deixar de ser ruim.

Assim, não quero nesta apresentação “dizer” tudo sobre este querido pensador espírita, mas, colocar na introdução de que este Espírito significa para o Espiritismo e na história de centenas de Espíritos encarnados e desencarnados como eu e muitos que trabalham e frequentam o Instituto. Além de demonstrar que só Espíritos com tal força e idealismo pode ter escrito excelentes livros como este que é tema de mais um Seminário de estudo e, sempre, homenagem ao ilustre professor Carlos Bernardo Loureiro por defender e continuar defendendo “o ilustre desconhecido: O ESPÍRITO” como ele assim se expressava. Assegurando que é encarnado e desencarnado. Daí o tema: Fenômenos anímicos, ações do Espírito do encarnado. Venham e apreciem o esclarecimento lógico e dialético sobre o Espírito, a Lei Natural e o respeito aos princípios existenciais: Reencarnação, Imortalidade e a Comunicabilidade dos Espíritos entre os dois planos corpóreo e incorpóreo.

Cristiane Amaral”

Seminário – Os Investigadores da Alma e do Espírito, 3ª Etapa

Está chegando a data do nosso próximo seminário sobre o livro “Os Investigadores da Alma e do Espírito – e, como sempre, as inscrições já podem ser feitas na sede do nosso Instituto.

Chamamos a atenção para a mudança de endereço que ocorreu recentemente. Os frequentadores qu, por algum motivo, já não vêm a esta casa, assim como os novos, devem conferir no menu lateral o link sobre Endereço, para conhecer o local e ver o mapa de como chegar.

Abaixo, o texto de apresentação do Seminário, da presidente Cristiane Amaral:

Estamos na 3ª Etapa dos Estudos e pesquisas do singular livro “Os Investigadores da Alma e do Espírito – Cinco Séculos de Pesquisas” do nosso querido e notável pesquisador Espírita Carlos Bernardo Loureiro neste 2º seminário do ano de 2010.
Como aprendido com o saudoso pesquisador, faremos, como desde a 1ª etapa, oficinas com execução de fenômenos espiríticos e anímicos nada diferente dos que foram pesquisados por centenas daqueles apresentados no livro supracitado.

Relembrando trechos do meu prefácio no livro em questão:

“Este livro representa o estudo incessante de diversos pesquisadores do Espírito ao longo de cinco séculos. ‘Não são biografias’, assim dito pelo autor há alguns anos, mas uma pesquisa rigorosa e metódica, buscando material em suas viagens à Europa e, claro, elucidações autênticas de um pesquisador nato e um espírito polemista único.

”Quando se estudar este livro, poder-se-á associá-lo a pesquisadores idôneos que desafiaram sua época, seus detratores com altivez e suas análises aos possíveis mecanismos dos fenômenos espiríticos ou supranormais – como os metapsiquistas assim os classificaram. Em cada pesquisador, há uma coerência na dinâmica de suas investigações desde Paracelso até o querido pensador espírita Carlos Bernardo Loureiro”.

Assim, esperamos que os participantes aproveitem estes momentos raros de estudo à pesquisa espírita e a incessante luta pela divulgação da pureza doutrinária do Espiritismo.

26/06/2010
Cristiane Amaral
Presidente-fundadora do ICECBL

ALERTA!

Que fique bem claro ao acessar este site:

O ICECBL não aceita as posturas muito menos as deturpações que o movimento espírita e líderes tormam desde a época da Federação Espírita Brasileira, ao aceitar os ditados imbecis de Roustaing e outras obras mediúnicas que ignoram o trabalho de Allan kardec, a mediunidade, grandes corifeus do Espiritismo como os que vão de Carlos Imbassahy até Carlos Bernardo Loureiro e, neste território baiano, claro que há o conhecimento em outras partes deste e outros países, do trabalho do pesquisador espírita Carlos Bernardo Loureiro, que muitos se arvoram a divulgar, e, no entanto, não se vê a mínima afinidade com as idéias e muito menos com o trabalho de desobsessão e as defesas que empreendeu ao longo de 40 anos de luta para divulgar a pureza doutrinária do Espiritismo e as pesquisas dos fenômenos mediúnicos e anímicos.

Não é como dizer “luta de outros líderes espíritas desencarnados”. É sim! Esta luta é deste Instituto em defesa da integridade da ciência e filosofia com consequências éticas que é o Espiritismo e não religiãozinha, como afirmam, e muito menos uma seita que como tantas misturam milhares de mediocridades como psicoterapias, psicologia transpessoal, homem integral, orientalismo, florais de bach, sincretismo e outras palhaçadas que não esclarecem o Espírito, apenas o brutaliza.

Assim sendo, não nos enviem nenhum tipo de email que não iremos responder, pois este Instituto já apresentou com clareza o que pensa e realiza, e quaisquer outras idéias serão rejeitadas. E não elogiem a dirigente para depois demonstrarem o que realmente são: FÚRIA!

As idéias expressam claramente que tipo de companhia alimenta e compactua.

Gostamos do que um velho amigo afirmou através do querido polemista espírita Carlos Bernardo Loureiro: Os elogios são para os que gostam de aplausos; prefiro as vaias que são para os que trabalham.

Cristiane Amaral
15:21h, 09/04/2010

A “obsessão branca” de Chico Xavier

Estes textos constituem um diálogo que ocorreu entre a dirigente deste Instituto e o Sr. Leonardo Paixão, motivado pela iniciativa deste de entrar em contato, buscando dirimir dúvidas. São aqui postados não como exposição pessoal, mas como um bom exemplo de que, quando se recorre a boas fontes de estudo, as fraudes e mistificações promovidas pelo movimento pseudo-espírita do Brasil são enxergadas de modo muito claro: basta raciocinar para perceber.

Abaixo, os emails, em sequência cronológica:

5 de abril de 2010 – Leonardo Paixão

Deixando o grande pesquisador Carlos Bernardo Loureiro fora disto, gostaria que v me explicasse os motivos que a levaram a se expresar de tal forma em relação ao já desencarnado médium Chico Xavier, seria porque ele deixou-se levar pela onda de santificação que os homens que se dizem espíritas, tal como o Carlos Baccelli e companhia ou por suas obras terem uma forte conotação religiosa? Se possível aguardo a sua resposta já que vc é uma pesquisadora e muito aprendeu com o Carlos bernado Loureiro.também quero deixar claro que não quero fazer polêmicas, quero é me esclarecer, já que venho estudando Kardec, Denis, Dellane, Bozzano, o próprio Bernardo e outros que realmente fizeram Espiritismo e não um sincretismo religioso que mistura catolicismo, manifestações mediúnicas e cultos afro, em resumo: eu quero aprender e me esclarecer e sei que só se aprende estudando.Aguardo sua resposta.

LEONARDO PAIXÃO

6 de abril de 2010 – Cristiane Amaral

Está bom! Irei ter um pouco de paciência: Se realmente estuda Bozzano,este nunca teve e continua não tendo paciência com espíritos que insistem em continuar com práticas tolas. Veja o texto dele no site do ICECBL. Se Chico Xavier prestasse ele ficaria fazendo parte das pesquisas em Uberaba. Contribuiria muito mais com a doutrina Espírita. Sim,ele dividiu o Espiritismo aqui no Brasil com romances mediúnicos que como afirma Gabriel Delanne: não há comprovação cientifíca, e o único romance que o mestre de Lyon confirmou ter um respeito as manifestações espiríticas foi O Espiritismo,traduzido no Brasil por O Ignorado Amor por não menos que um gênio literário realista Theophile Gautier. Leia a Revista Espirita de 1858 a 1869 que encontrará defensas de Kardec e a que fez contra Emile Zola por ter criticado o colega de arte pelo romance. O que falta em ditos espíritas é o estudo e como já afirmou Leon Denis, se está estudando-o mesmo: O espiritismo toca em todos os ramos do conhecimento. Sobre a critica que coloquei sobre Chico em reuniões de materializações em Uberaba, este sempre foi pensamento repetido por 40 anos pelo querido polemista Carlos Bernardo Loureiro. Tenho dezenas de cds sobre. Leia o livro de Jorge Rizzini sobre estes fenômenos. Se este místico médium não ouvisse o imbecil do padreco Emmanuel, como já afirmei, se este padreco prestasse não continuaria de batina, estaria estudando com seus esforços e não repetindo orações rídiculas. Palavras estas que reproduzo de Bernardo. Ouça a minha última palestra,já que este recurso está servindo para você tirar suas dúvidas. Ouça! Se quiser se esclarecer, eu bato-papo, se mandar email com elogios a pseudo-espiritas, não pega seu tempo, por que não responderei mais! Adeus!

6 de abril de 2010 – Leonardo Paixão

Muito Grato pelo esclarecimento, sobre a comunicação que Ernesto Bozzano deu através de Bernardo eu a imprimi.Estudo realmente as obras a que me referi, pois acho inadmissível o espírita não estudá-las e ficar na mania de ler romances que não esclarecem em nada e ficam a falar da tese da “alma gêmea” fazendo com que estas bestas destes pseudo-espíritas que se acham os tais porque já leram os “clássicos” de Emmanuel e se apegam às “notícias” que traz André Luiz, um Espírito que nunca foi espírita e que como disse Herculano Pires trouxe a regressão do Espírito quando falou dos “ovóides”, crédito devemos dar aos verdadeiros clássicos como o são os de Denis, Dellane, Gibier, Bozzano e outros.No Brasil temos as obras de Herculano Pires, Deolindo Amorim, Carlos Imbasshay, Ignácio Ferreira(não este Espírito imbecil que se comunica através do Baccelli e diz ser o grande psiquiatra), mas o Ignácio de “Novos Rumos à Medicina”, noto que poucos Espíritas conhecem a obra de tais pesquisadores, sem falar é claro do Bernardo.Creio que deixei claro que o que quero é me esclarecer mesmo e não ficar elogiando a tolos vaidosos.Adeus!

8 de abril de 2010 – Leonardo Paixão

Qual a sua posição sobre isto?

Silvino Canuto Abreu e Gabriel Dellane

Figura ímpar de vasta cultura e erudição, o Dr. Silvino Canuto Abreu certamente foi uma das pessoas que mais contribuíram para a preservação da memória do Espiritismo. Sua obras são impecáveis, tanto pelo gosto quanto no estilo. Escrevia e falava com fluência os idiomas clássicos e suas principais derivações modernas, o que lhe permitia o acesso aos textos e relíquias literárias da antiguidade religiosa oriental e greco-romana.

Dessa forma ele nos brindou com pérolas do tipo “O Evangelho por fora”, cujas ricas notas excedem a prória narrativa, mas que nos ensina um olhar especial e diferenciado sobre as coisas e a essência da Codificação. Depois que lemos um exemplar presenteado pelo confrade Azamar Trindade, nunca mais usamos a expressão Espírito de Verdade, mas simplesmente “Espírito Verdade”.

No apetitoso “ O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária”, também editado pelo Instituto de Cultura Espírita de São Paulo, nos deliciamos com uma fictícia – ou seria real? – descrição dos acontecimentos cotidianos que marcaram o lançamento do Livro dos Espíritos, no dia 18 de abril de 1857. Conduzindo o relato, o nosso cronista descreve os fatos desde as primeiras horas da manhã, quando o lote da publicação chega para ser exposto na livraria Dentu até as últimas horas da noite, num coquetel comemorativo, reunindo no pequeno apartamento de Rivail e Amélie todas as pessoas que colaboraram diretamente para que edição viesse à público. É um texto perfeito para um roteiro de cinema. Sobre esse episódio Chico Xavier, em relato para Suely Caldas Schubert, disse que, naquela manhã, ao sair da livraria, Kardec encontrou-se com George Sand e ofereceu o seu exemplar histórico do Livro para a conhecida escritora e ex-companheira de Chopin.

Temos ainda, com seu toque de genialidade, a tradução da primeira edição do Livro dos Espíritos, feita especialmente para comemorar o 100 anos do evento, em 1957. Também não podemos esquecer seus artigos publicados na Revista Santa Aliança (Metapsíquica), nos quais mergulhamos nas mais remotas raízes da tradição herética lyonesa e nos fatos que as ligam com os adeptos do Espiritismo nos tempos modernos. Com o mesmo talento, biografou o Dr. Bezerra de Menezes, fornecendo ricos subsídios para a história da formação das primeiras instituições espíritas no século XIX.

O Dr. Silvino, na condição de médico e adepto da homeopatia, nos legou também um precioso acervo a respeito das atividades dos fundadores dessa modalidade curativa e suas ligações e afinidades com o kardecismo. Frequentou importantes círculos espíritas na França, sempre em busca de “novidades antigas” , tendo convivido com o escritor Gabriel Dellane, filho de uma das médiuns de Allan Kardec e produto autêntico da primeira geração de espíritas históricos:

“Assisti a trabalhos por ele presididos. Ouvi suas lições práticas. Suas longas e cintilantes narrativas. Suas discussões, em que às vezes erguia a voz, exaltado pela convicção posta em dúvida, e logo a baixava, sorridente, ao perceber a porta do misticismo, que detestava como cientista.”

Mas de todas as suas contribuições, sempre com grande fôlego intelectual, destaca-se uma revelação pessoal, feita diante de várias testemunhas, cuja versão e repercussão tornaram-se maiores do que o próprio fato. Diante do espanto dessas pessoas, Canuto conduziu-os ao seu escritório e sacou dos seus arquivos os tais textos e aprofundou ainda mais a gravidade da revelação , dado ao impacto ali causado na mente dos presentes e suas consequências no universo social espírita. Ele se referia às cartas redigidas por Allan Kardec e dirigidas a Léon Denis contendo denúncias de traição ao Espiritismo contra o advogado J.B. Roustaing.

Para quem alimenta uma imagem sacralizada do Codificador, que era um cientista nato, esta não é uma informação fácilmente compreensível sobre Allan Kardec. Para quem foi educado para cultuar a natureza mística das instituições espíritas, o questionamento científico da figura de Roustaing não combina com a postura serena do mestre lyonês, mesmo que os textos por ele escritos e publicados na Revue digam ao contrário. Acreditam também alguns confrades mais moderados que essa grave questão será esquecida ou melhor compreendida com o passar do tempo. Em todo caso, ela já faz parte da história das nossas controvérsias e merece registro.

Polêmicas que fiquem à parte, pois o que nos interessa realmente é apresentar a fígura clássica de Canuto Abreu aos nossos leitores. Tarefa difícil, já que, sempre que o colocamos em destaque, surge na sua biografia as afinidades e também alguns embates entre ele e algumas personalidades influentes do nosso movimento.

Canuto e Herculano

“Nas comemorações do bicentenário de Allan Kardec, realizadas em Paris em outubro de 2004, ocorreu um fato muito curioso. No congresso internacional preparado para homenagear o nascimento Codificador registrou-se a presença de centenas de representantes de diversos países – a maioria brasileiros – e de médiuns de grande prestígio no movimento espírita brasileiro. Uma grande expectativa estava no ar. Que personalidades espirituais se manifestariam naquele evento histórico? Talvez os Espíritos que colaboraram na Codificação e na Sociedade Espírita de Paris? Talvez Chico Xavier, Emmanuel, André Luiz, Herculano Pires? Ou então Amélie Boudet ou mesmo o próprio Allan Kardec? Nenhum deles. Muitos participantes confessaram uma certa decepção e surpresa com a manifestação já aguardada do Espírito Léon Denis, mas poucos esperavam uma comunicação de Canuto Abreu, um dos maiores admiradores e divulgadores da obra de Kardec e que caiu no esquecimento e na desconsideração de muitos espíritas logo após o fato que iremos relatar. Em 1957, durante as comemorações do centenário da Codificação, o Dr. Canuto tinha reservado uma grande surpresa para a comunidade espírita. Durante anos se empenhou pessoalmente para traduzir a primeira versão de “O Livro dos Espíritos” e publicou, com recursos próprios, uma interessante versão bilíngüe da obra. O nosso caro confrade tinha todas as razões para crer que estava dando uma preciosa contribuição cultural para a memória do Espiritismo. Era considerado o mais erudito dos espíritas e, por isso, foi convidado para discursar na abertura da grande festa organizada pelos paulistas no Ginásio do Pacaembu. Quase dez mil pessoas ouviram, encantadas, a descrição romanceada feita pelo orador sobre o histórico dia 18 de abril de 1857. Na mesa das autoridades estavam Luiz Monteiro de Barros, Paulo Toledo Machado e Abrahão Sarraf, representando a USE; Carlos Jordão da Silva, pelo Conselho Federativo Nacional, os vereadores Freitas Nobre e Matilde de Carvalho; João Teixeira de Paula, do jornal Unificação; Luisa Peçanha Camargo Branco e Eurides de Castro, da comissão organizadora do evento; e Herculano Pires, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Na foto histórica Canuto e Herculano aparecem lado a lado numa aparente harmonia fraternal. Passados os festejos, Herculano, preocupado com uma possível confusão de diferenças e semelhanças entre as duas edições históricas do Livro dos Espíritos, não conseguiu segurar o seu ímpeto vigilante e publicou um artigo agressivo fazendo pesadas críticas ao trabalho do Dr. Canuto. Extremamente sentido e magoado, o Dr. Canuto Abreu mandou recolher os exemplares da preciosa edição documental. Afastou-se completamente do movimento espírita, apagando-se em triste reclusão e anonimato. Nunca reclamou publicamente da crítica, nem tampouco justificou sua atitude de afastamento. Os exemplares permaneceram guardados no porão de sua residência por mais de meio século, sendo depois resgatado pelo Museu Espírita de São Paulo”.

Nova História do Espiritismo – Dalmo Duque dos Santos. Editora Corifeu. Rio de janeiro.

Relatos da imprensa espírita sobre o assunto
Os Documentos de Canuto Abreu

Os confrades Carlos de Brito Imbassahy (RJ) e Jamil Salomão (SP) divulgaram há alguns anos a notícia de que foram entregues ao Dr. Canuto de Abreu, em Paris, pouco antes de estourar a Guerra de 1939, documentos de Allan Kardec, incluindo cartas suas endereçadas a Roustaing, acusando-o de controverter a ordem doutrinária e de traidor dos postulados espíritas.

Escreveu Carlos de Brito Imbassahy, sob o título “Dr. Canuto de Abreu” (“Mundo Espírita”, PR, de 31.08.1980): “Os tempos se passam”. Indo a São Paulo em companhia do Olympio (que fazia vez de meu irmão), e da esposa, fomos almoçar com o Dr. Canuto de Abreu; nesta tarde, ele nos leva para os seus arquivos particulares e nos mostra um “dossier” contando-nos a história.

“Estava na França pouco antes de estourar a Guerra de 1939 quando, intempestivamente, fui procurado por dois cidadãos que se apresentaram e se disseram que ali estavam por ordem espiritual. Os cidadãos haviam recebido instrução de seus guias que deveria vir do Brasil uma determinada pessoa em tais circunstâncias que coincidiam exatamente com as minhas (dizia o Dr. Canuto) e que a esse cidadão deveriam ser entregues os arquivos particulares do próprio Allan Kardec, pois a Europa iria passar uma fase conturbada de guerra e, se esses documentos fossem encontrados, seriam destruídos”.

Ali estava, diante de mim e de Olympio, a letrinha de Kardec, suas opiniões e um envelope “confidencial-não pode ser publicado”. Mostrou-me seu conteúdo dizendo:

“Gostaria de doar este acervo à Federação Espírita Brasileira, mas ela é roustainguista e, na certa, não vai admitir que seja ela própria a portadora de documentos que condenam “Os Quatro Evangelhos” (de Roustaing!).

Disse isso e mostrou-me duas cartas manuscritas onde, por cima, lia-se:

“Carta enviada ao senhor João Batista Roustaing, cartas essas que são um libelo terrível, no qual acusa o “colega” de controverter a ordem doutrinária, deixando-se envolver por mistificadores cujo único objetivo era desmoralizar o sistema de comunicação com os mortos.”

Jamil Salomão (CF do ABC, janeiro/1990) escreveu, sob o título “J. B. Roustaing, o Judas do Espiritismo”:

“Esta afirmativa é atribuída a Allan Kardec”, feita em uma carta endereçada ao insigne escritor Léon Denis, cujo próprio original se encontra em poder do Dr. Canuto de Abreu, conhecido intelectual e espírita da capital de São Paulo, que possuía farto material que pertencia a Kardec. Numa Visita fraterna ao Dr. Canuto, pelos idos de 1974, em companhia do Dr. Freitas Nobre e da médica Dra. Marlene Severino Nobre, ouvimos essas revelações surpreendentes, pois desconhecíamos a existência de um documento de tal importância. Imediatamente foi solicitado ao Dr. Canuto de Abreu permissão para a divulgar o material, bem como obter cópia do mesmo, a fim de ser noticiado no jornal “A Folha Espírita”, que estava sendo lançado naquela época, como o primeiro jornal espírita a ser colocado nas bancas públicas e com distribuição nacional. O Dr. Canuto se mostrou temeroso, não permitindo a divulgação da carta de Kardec, na qual atribuía a Roustaing a condição de traidor dos postulados espíritas, ao lançar “Os Quatro Evangelhos”, atribuindo-lhes o título de “Revelação da Revelação”, o que poderia ser motivo de uma cisão no movimento espírita.”(…) Comentário: Quanto ao escrúpulo do Dr. Canuto de Abreu, e agora de seus familiares, em não dar publicidade às cartas de Allan Kardec contra Roustaing, ocorre-nos lembrar à distinta família que, se o plano espiritual se preocupou com a preservação dos documentos de Kardec, incluídas as referidas cartas, não foi para que elas permanecessem desconhecidas do público espírita. É óbvio, caso contrário os espíritos deixariam que tais documentos fossem destruídos pelos invasores alemães, como estava previsto. Com essa atitude, a nosso ver, equivocada, da respeitável família Canuto de Abreu, apenas se exumaram, em Paris, as cartas de Allan Kardec para dar lhes nova sepultura, no Brasil. E perguntamos: Para que? Consultando sobre o paradeiro dessas cartas, informou Carlos de Brito Imbassahy que conforme lhe disseram, elas estariam em poder de um neto do Dr. Canuto de Abreu. Fazemos este apelo a quem guarde estas cartas de Allan Kardec: que as entregue para divulgação, a um jornal de grande circulação, “Correio Fraterno do ABC” ou “Jornal Espírita”, a meu ver, os mais credenciados para dar-lhes publicidade.

Espíritas Verdadeiros! Esclareçam-se sobre os erros contidos na obra de Roustaing, estudando uma ou todas as seguintes obras e respectivos autores, indicados por Erasto de Carvalho Prestes, Niterói, RJ (página 2): Luciano Costa (“Kardec e não Roustaing”); José Herculano Pires (“O Roustainguismo à Luz dos Textos”); Júlio Abreu Filho (“Erros Doutrinários”); Ricardo Machado (“Máscaras Abaixo”); Henrique Andrade (“A Bem da Verdade”); Wilson Garcia (“Corpo Fluídico”); Gélio Lacerda da Silva (“Conscientização Espírita”); Nazareno Tourinho (“Retalhos de um Atalho” e “As Tolices e Pieguices da Obra de Roustaing”). “De nada valeu exumar, em Paris, as cartas de Allan Kardec a Roustaing, porque lhes foi dado nova sepultura, no Brasil.” Correio Fraterno do ABC, ano XXXII, nº 343 página 7, de Agosto de 1999, sob o título “APELO AOS PARENTES DO DR. CANUTO DE ABREU”, assinada por Gélio Lacerda da Silva.

Mensagem de Canuto Abreu no Congresso de 2004

Allan Kardec!

Este nome é um marco de um tempo novo. É uma legenda de luz e de força moral que edifica um tempo especial de regeneração humana, e que, ao longo de mais de seis décadas, esteve no mundo das formas para materializar os ensinamentos do Mundo Etéreo, junto às almas terrenas.

Alma de escol, sem embargo, Allan Kardec veio ao planeta para representar no campo físico a Equipe Luminosa do Espírito da Verdade, que jorrava claridade sobre o orbe sob a ação venturosa do Cristo Excelso.

Nesse tempo em que o Espiritismo está no mundo, como esplendente Sol diluindo os miasmas da longa noite moral humana, ainda que pouco a pouco, são incontáveis aqueles que vêm recebendo o sustento para viver com entusiasmo, a motivação para prosseguir nas árduas lutas, sem pensar em fugir dos proscênios dificultosos dessas graves experiências das sociedades terrenas.

Quantos se arredaram das idéias suicidas, pelo entendimento de que ninguém morre essencialmente?

Quantos desistiram do abortamento por terem admitido o acinte que tal coisa representa contra as divinas leis de Deus?

Quantos se decidiram por manter iluminada por Jesus a estrutura do lar, ao verificarem sua importância para o progresso familiar?

Quantos se dedicaram a estudar as leis da vida e a estudar-se, anelando o entendimento e a melhoria de si mesmos?

Quantos abriram mão dos preconceitos de raça, de cor da epiderme, de gênero, de cultura e tantos outros, libertando-se dessa forma de ignorância que se demora no seio das sociedades?

Quantos que se esforçam por servir, por amar, desejosos de se tornarem cada vez mais úteis no campo da existência?

Quantos hão renunciado às pressões do homem-velho, na corajosa busca dos valores do homem-novo, conforme as considerações do Apóstolo Paulo?

Quantos sofrem e choram seus tormentos de agora, conscientes quanto às razões desses complexos dramas, sem se permitir murchar pelo desânimo, ante a visão lúcida que o Espiritismo enseja?

Hoje, quando reconhecemos, na Pátria Espiritual, os inúmeros equívocos que costumamos cometer, quando caminhantes da vilegiatura corporal, vale considerar a importância de fazer com que a gloriosa informação da Codificação penetre nossa intimidade, a fim de que respiremos esse portentoso pensamento espírita, convertendo-o em nossa real filosofia de vida, o que nos capacitará para a conquista da felicidade.

Quantos que ainda supõem que é possível ser espírita sem ajustar a própria existência aos preceitos da Codificação, e que se enganam com essa suposição?

Quantos que ainda crêem na ventura post-mortem longe dos esforços para a superação de limitações e obstáculos encontrados nas vias mundanas, e que se frustram no além?

Acho-me sob intensa emoção. Lutamos, durante um tempo longo, junto aos valorosos Benfeitores do nosso Movimento Espírita Internacional, para que este momento fosse corporificado aqui, nos campos fluídicos da alma francesa. E o Senhor da Vida no-lo consentiu. Mais do que isso, destacou eminentes Numes de vários países para formar a coordenação deste evento, a efeméride do IV Congresso Espírita Mundial, sob a inspiração do próprio Codificador.

Cabe-nos vibrar, então, ao se fecharem as cortinas deste Congresso, certos de que suas luzes não se apagarão. Os elementos energéticos que absorvemos aqui, resguardados por luminosos Prepostos de Jesus, acompanhar-nos-ão como inspiração para os trabalhos futuros e como medicação valiosa para que, daqui para a frente, logremos o fortalecimento da alma para estudar, para amar e servir, mais conscientes dos nossos deveres para conosco, para com Jesus e para com a vida, agora aclarada em seus fundamentos pelos ensinamentos do Espiritismo que, vitorioso no mundo, impulsiona-nos a ter maior clareza e penetração da razão, ao mesmo tempo que, dedicados ao bem, possamos ser felizes.

Deixo o meu abraço emocionado a todos quantos vibraram, vibram e vibrarão com essa realização bendita no solo francês, e a todos desejo paz e muita luz junto à Seara do Espiritismo.

Servidor de todos, agradecido e vibrante,

Sylvino Canuto Abreu

(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)

Mensagem de Gabriel Dellane

LIBERDADE COM O ESPIRITISMO

No seio do pensamento fulgente da Doutrina Espírita, todos achamos motivação para encetar os passos da nossa verdadeira libertação. Com Allan Kardec, o alcandorado amigo e ínclito Codificador do Espiritismo, torna-se menos complexa essa azáfama para a manumissão anelada. O mundo seria mais leve, e a vida humana mais fácil de ser vivida se conseguíssemos entender e usufruir a sonhada liberdade.

Liberta-se-ia a Ciência com o pensamento espírita se, ao encontrar o agente de tudo, o princípio inteligente do Universo, o Espírito, se abstivesse de tudo atribuir somente aos fenômenos materiais, como princípio e fim de tudo. Verificaria, então, quão rica e grandiosa seria a visão científica, a partir do enriquecimento trazido pela constatação e valorização consciente do horizonte espiritual.

Liberta-se-ia a Filosofia por meio do pensamento espírita, quando pousasse suas reflexões, fosse qual fosse a escola de pensamentos sustentada, na realidade do ser imortal, ao conceber que o pensamento é atributo da alma. A partir disso, se tornaria mais simples a compreensão de que tudo quanto existe no campo da matéria densa não passa das elaborações da mente, do psiquismo do ser espiritual. Entenderia o filósofo, sob a profunda luz espírita, que há um caminho menos agreste para a compreensão do ser e da existência, bem como o sentido de tudo isso, nos mundos disseminados pelos espaços.

Liberta-se-ia a Fé Religiosa ante o pensamento espírita, qualquer que fosse a sua linha interpretativa dos fenômenos da alma, ao observar seriamente e penetrar o conhecimento das leis da natureza, base em que se apóia a estrutura espírita. Destronaria o interesse subalterno de dominação de consciências, valorizaria o trabalho de amadurecimento das consciências para a visão de Deus, o que aclararia a reflexão do crente para a libertá-lo, por fim, da pieguice, do fanatismo, do fundamentalismo destrutivo.

Atido à grandeza do pensamento espírita, Allan Kardec presenteia a humanidade com a ensancha de estabelecer a libertação das criaturas, graças ao conhecimento da verdade, o que confirmaria o ensinamento do Cristo Jesus.

Se o conhecimento que estamos angariando na vida não nos é capaz de libertar da sombra generalizada, sombra do intelecto, sombra do sentimento, sombra da moral, algo está em equivoco. Ou esse conhecimento não é a expressão da verdade, ou, então, de nossa parte, não estamos assimilando devidamente seus conteúdos.

É hora de despertar, nessa fase aziaga da experiência humana.

Estamos perante o extravasar de loucuras sem dimensão; achamo-nos diante das explosões do egoísmo; encontramo-nos submetidos a um tempo de graves pelejas provocadas por incontáveis almas aturdidas, infelizes em si mesmas, que pesam sobre o psiquismo terrestre, espalhando o seu infortúnio. É tempo de cuidados intensos para a inadiável marcha.

À frente de tudo isso, porém, raia o Sol portentoso do Espiritismo no cerne da Codificação de Kardec, que nos deverá aquecer e iluminar para a vitória, para a espiritual libertação.

Agora, quando rendemos ao Mestre de Lion as justíssimas homenagens pela contagem desses dois séculos de seu último berço no mundo, sob os céus que cantavam as pautas da liberdade, da igualdade e da fraternidade, unimo-nos em oração para agradecer ao Criador por esse ensejo e por nosso júbilo, júbilo da família espírita do mundo, reunida em Paris.

Saudamos, pois, o Codificador, por haver-se tornado para nós o instrumento da liberdade que o Cristo anunciou para a humanidade inteira.

Com os mais cordiais votos de progresso e de paz, sou o servidor de todas as horas, o sempre amigo

Gabriel Delanne

(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)

LEONARDO PAIXÃO

9 de abril de 2010 – Cristiane Amaral

Tirando a biografia de Bezerra de menezes que dividiu o Espiritismo aceitando o Roustaing e esta questionável psicografia de 2004.Todo o trabalho de Canuto é excelente.Tenho a tradução da primeira edição do Livro dos Espíritos feita por ele. Era da biblioteca de Bernardo. Tenho certeza que houve muita perseguição a ele por ter combatido os imbecis místicos pseudo espíritas, e não havia boas desobsessões para ajudá-lo. Gostaria muito de saber mais sobre seus documentos. A luta contra os místicos é grande em São Paulo, contudo é uma pena que ainda haja nesta um grupo que confunde muito Espiritismo com a maior praga no ocidente: o cristianismo que deu no que deu destruindo os princípios existenciais e os conhecimentos das grandes civilizações e, claro os conhecimentos ocultistas em que o mestre de Lyon Allan Kardec coloca bem: O espritismo revela o ocultismo. Afinal de contas foi um obsediado como Paulo de tarso que o criou e a outra vertente com o imbecil pedra de tropeço do Pedro que só deu para ser o certo: o representante maior da monstruosa igreja dos pedófilos e outras perversões, a Católica. Meu segundo livro sobre as Farsa e fraudes das religiões vem ai! Você já leu Afinal, quem somos de Pedro Granja? Grande amigo de Carlos Imbassahy, pai. Veja nos sebos os livros deste corifeu formidável. Obrigada e tchau!

AVISO – Cumprimento das normas-Trajes (março/ 2010)

Venho através desta solicitar o devido cumprimento das normas e não iremos mais aceitar que vocês, como os médiuns, tragam pessoas sem o mínimo de postura, trajando roupas curtas, saias e/ou vestidos longos sem shorts por baixo. Serão devidamente proibidos de adentrar à casa por ser um desrespeito, já que se é sabido da técnica usada na casa: deita-se e trabalha-se com os pontos de força, os chakras.

Haja visto que há homens médiuns e não queremos nenhum tipo de constrangimento para ambos. Isto já devidamente avisado e em norma e palestras. Assim sendo, agradecemos a atenção e tenham certeza que faremos respeitar a casa e seus trabalhos.

Salvador, 30 de Março de 2010.
19 horas

Cristiane Amaral

Vídeo sobre Anomalias

Na última segunda-feira, 07 de dezembro, a presidente desde Instituto, Cristiane Amaral, exibiu um vídeo sobre anomalias, sempre à luz da Doutrina Espírita. Sempre válido o esclarecimento feito pela própria de que tal iniciativa não é nenhuma exibição ou sensasionalismo, mas apenas a evidência do que o nosso corpo reflete, sim, as consequências dos nossos atos e pensamentos, seja nesta encarnação, seja em pregressas.

Portanto segue abaixo o link para que os interessados possam efetuar o downlaod do vídeo que foi exibido durante a palestra do referido dia. O áudio da palestra pode ser escutado em nossa seção de “Estudo Online”, no final do menu à esquerda. Há também o canal no YouTube, que traz as gravações em vídeo das palestras das segundas-feiras.

Faça o download do vídeo sobre anomalias – 228,32 MBytes

Acesso o canal ICECBL no YouTube

Seminário – A Bíblia e Seus Absurdos

Este Seminário tem como marca particular o maior exemplo de desmistificação feito por um Espírita Kardecista e pesquisador nato. As homenagens aos trabalhos de Carlos Bernardo Loureiro sempre nos trazem uma satisfação ímpar para nossa história como Espíritos reencarnados. Assim, como apresentação deste folder nada mais que a opinião que ele escolheu para início do seu texto e suas próprias palavras:

“Opinião do Filósofo León Denis sobre o Deus da Bíblia

Deus é apresentado na Bíblia sob aspectos múltiplos e contraditórios. Dizem-no o melhor dos pais e fazem-no desapiedado para com os filhos culpados. Atribuem-lhe a onipotência, a infinita bondade, a soberana justiça, e rebaixam-no até o nível das paixões humanas, mostrando-o terrível, parcial, implacável. Fazem-no criador de tudo o que existe, dão-lhe a presciência, e, depois, apresentam-no como arrependido de sua obra.

 

… Não se pode considerar a Bíblia como A PALAVRA DE DEUS nem um revelação sobrenatural”.

Trecho do prefácio do livro: A Bíblia e Seus Absurdos

“Ao longo da análise que fiz, de versículo a versículo, houve momentos em que pensei em desistir, diante dos quadros terríveis que se sucediam ante os meus olhos. Vi, estarrecido, entre outros absurdos, três mil israelitas serem massacrados porque preferiram um “bezerro de ouro” Àquele “Deus” autoritário e impiedoso. Os gritos de clemência dos apóstatas ecoaram, lugubremente, pelas planícies, ao pé do Monte Sinai. “Deus”, implacável, iracundo, exigia vingança! O sangue jorrou sobre a Terra, como se não fosse estancar jamais.

E tantas outras carnificinas “presenciei”, horrorizado. Que “Deus” é esse? Por que tanta ânsia sangüinária? Era sempre insatisfeito; queria sangue, e mais sangue, que jorrava, abundante, dos pescoços de crianças, de idosos degolados e de animais!

Nada demovia “Deus” de seus instintos assassinos. Era implacável a sua ira, tanto quanto para com os seus “filhos”, quando o traíam, como para as populações vencidas nas guerras que promovia. A sua ordem era, sempre, PASSAR A FIO DE ESPADA TUDO O QUE VIVESSE na cidade conquistada, eles também têm sangue!…

Entrego, com tristeza, esta obra ao público. É a primeira vez que, ao concluir um livro, me sinto deprimido, acabrunhado. Perdoe-me, caro leitor, por fazê-lo compartilhar do meu mais profundo desgosto em assistir, absolutamente impotente, ao que os homens fizeram de Deus, transformando-O À sua imagem e semelhança. Esse “Deus” algoz deveria ter ficado no passado histórico dos hebreus. Ali, de qualquer sorte, ele age com desenvoltura, entre um povo extraordinariamente belicoso, pleno de ambições, que não vacila em fazer prevalecer os seus avassaladores objetivos.

Não se pense que sou um blasfemo, que nutro ojeriza ao conteúdo do Velho Testamento; em absoluto! É que não posso aceitar um “Deus” que promove, como “Senhor dos Exércitos”, crimes hediondos, levando o “povo eleito” à prática de terríveis atitudes perante o seu próximo. Nos estandartes das tropas israelitas deveria ter inscrita, em letras indeléveis, vistosas, rubras: OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE!”

Cristiane Amaral
21/04/2009 às 15:35h

O Processo Obsessivo

A obsessão apresenta características bem diversificadas, desde a simples influência moral sem sinais exteriores perceptíveis, até a perturbação total das faculdades mentais e do organismo.

A obsessão poderá ocorrer nas seguintes formas:

1. Espírito desencarnado atua sobre o encarnado;
2. Espírito desencarnado atua sobre o desencarnado;
3. Espírito encarnado atua sobre o desencarnado;
4. Espírito encarnado atua sobre o encarnado;

Assim como as enfermidades são resultantes das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão sempre é o resultado de uma imperfeição moral. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral, é mister contrapor-se uma força moral. Para se prevenir contra as doenças, fortifica-se o corpo; para se garantir contra a obsessão (flagelo da humanidade), é necessário fortalecer a alma. Daí ser preciso que o obsidiado lute, com determinação, para renovar-se, tentando mudar as suas posturas mentais e sociais.

Deve-se observar, a propósito, que a desobsessão, levada a efeito nas casas espíritas, é de fundamental importância para o reequilíbrio do obsidiado; entretanto, se ele não fizer a parte que lhe compete, como assinalamos acima, o tratamento desobsessional a que se submeteu termina por se estiolar, ensejando, até mesmo, o recrudescimento da ação perniciosa do obsessor. Não foi sem razão que Jesus, o Mestre das Almas, advertiu:

“Ora havendo o Espírito mau saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso e não o encontra.

Então fiz: voltarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a desocupada…

Então vai e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro” (Mateus, 12).

Carlos Bernardo Loureiro, in A Obsessão e Seus Mistérios, 4ª Edição

Disque Aborto

A prática do aborto criminoso está se generalizando no mundo inteiro. Vários países já oficializaram esse crime hediondo. Na Suécia, Dinamarca e Noruega, o aborto é praticado até por simples razões econômicas. No Japão e em grande parte dos países comunistas o aborto não sofre nenhuma restrição e somente em 1966 houve dois milhões de abortos na Terra do Sol Nascente… Nesses vinte anos já trucidarem, aí, mais de quarenta milhões de seres completamente indefesos.

Nova Iorque é cognominada, na atualidade, a Capital do Aborto a ponto de um hospital local instalar telefones especiais para melhor atender à sua clientela com o “slogan” – Disque Aborto.

Em um hospital do Brooklin (Nova Iorque) a cada 15 minutos se pratica um aborto, a ponto de estarrecer um médico que confessou: “O bebê é removido e colocado numa bandeja para morrer”. Aí é também utilizado o método de “sucção por vácuo”. O serzinho, completamente indefeso, sai, do útero materno (sua câmara da morte), em pedaços e jogado no lixo, como se fosse algo sem vida.

Até mesmo na austera Inglaterra, o aborto generalizou-se, sendo legalizado em 1968. Seguiu-se, na velha Albion, um ritmo de liberalidade tão grande que não faz muito tempo a London Agency anunciava: “Visite Londres, suas clínicas, seus hospitais. Viagem de ida e volta por U$1,250 inclusive o aborto”. J. B. Lyra, num artigo intitulado Contra a Nefanda Lei do Aborto, narra o depoimento de uma enfermeira de um determinado hospital de Londres: “Está diante de mim um ser pequeno e impotente ligado à mãe pelo cordão umbilical. É um menino, de cor rósea, muito bem formado. Estava ali e gemia. Quando o toquei, agitou as mãozinhas. Era uma cena que desafiava os instintos maternais de qualquer mulher. E eu, enfermeira, notei que se me revoltavam os sentimentos diante do crime que se perpetrava contra um ser absolutamente indefeso. E ele, em vez de passar aos braços de sua mãe, para ser acariciado e amado, foi atirado, sem piedade, estupidamente, a um balde de metal. E eu o contemplei, sem poder fazer nada, estertorando-se no fundo do recipiente, só e abandonado. Dava-se fim a uma vida que não teve tempo de começar”

No livro Ação e Reação, o Espírito André Luiz reporta-se ao aborto provocado nos seguintes termos: “A mulher que promove ou que venha a cometer semelhante delito é constrangida por leis irrevogáveis a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se, geralmente, a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o infarto uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muitas vezes, desencarna, demandando ao Além para responder, perante a Justiça de Deus, pelo crime praticado. É então que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso reterá por longo tempo a degenerescência das forças genitais”. Além disso, as mães que praticam tal ato podem contrair sérios problemas obsessivos que as levam, não raro, a uma vida de dor e sofrimento.

Finalizando, adiantamos que todos aqueles envolvidos no crime – mãe, pai, ou executor – estarão violando a Lei Divina que se inscreve, indelével, em suas consciências…

 

Carlos Bernardo Loureiro, em 23/03/2005